segunda-feira, 26 de agosto de 2013

DR. VICENTE CARDOSO - Histórias e Memórias.

Dr. Vicente Cardoso eminente personalidade da história de Santa Rosa é pai da sempre frequentadora dos Encontros de Santarosenses VERA CARDOSO WIENANDTS.





                                               
  VICENTE THEODOMIRO CARDOSO

Filho de Ignácio Capistrano Cardoso e Amélia Barcellos Cardoso. Nasceu no dia 9 de novembro em 1896, na cidade de Porto Alegre. No ano de 1924 casou-se com Clotilde Assumpção e tiveram sete filhos, todos nascidos em Sant0a Rosa: Flávio, Themis, Ruth, Cícero, Stela Maris, Maria de Lourdes e Vera Maria.
Veio pela primeira vez à Vila 14 de Julho, no ano der 1923, como militar, na época da revolução de 23, juntamente com um pelotão de Santo Ângelo. Conforme ele dizia: “a minha missão é defender a honra e as famílias de Sant Rosa contra a invasão de malfeitores que infestam estes sertões”.
A partir de 1924 estabeleceu-se, definitivamente na Vila 14 de Julho. Havia de decidido que aplicaria aqui os seu conhecimentos. Foi contratado como agrimensor pela Comissão de Terras e Colonização e responsável pela abertura das estradas municipais e pelo traçado urbano da cidade. No ano de 1933 iniciou suas funções como Chefe de Obras do município de Sana Rosa, com o objetivo de fazer ecoar mais rapidamente a produção de  mercadorias, pois na época havia no município penas três mil quilômetros de estradas entre as gerais e  vicinais.
Como engenheiro da Prefeitura, realizava os serviços não sé de aberturas de estradas, construção de pontes, bueiros e ruas, mas também preocupava-se em trazer água para a população.
Cuidava da urbanização da cidade, da construção do campo de aviação, da estação experimental de agricultura, do horto florestal e também fez o projeto de construção do Hospital de Caridade.
No ano de 1924, foi nomeado Chefe Geral da Diretoria de Obras e Viação. Com um vasto conhecimento sobre o município, realizou um excelente estudo sobre seus aspectos físicos: o relevo, o solo e subsolo, o clima, a hidrografia e as riquezas naturais da região. Cabe salientar que pela realização destes estudos, foi nomeado membro do Instituto Geográfico do Rio Grande do Sul.
Em 1947, escreveu uma Monografia “ Município de Santa Rosa”.  Até os dias atuais, constitui uma fonte de pesquisas pela riqueza de informações.
Em 1949, foi nomeado Diretor Geral da Secção de Obras e Saneamento.
       Paralelamente mantinha permanentes atividades, sobretudo na área cultural. Colaborador                  do jornal “A Serra” a partir de 1929. Além de escritor, foi diretor artístico de um grupo de  teatro amador e autor de peças teatrais encenadas em Santa Rosa.
Implantou uma estação de transmissão de rádio (radioamadorismo) no ano de 1947. Era a única da região da Grande Santa Rosa.
Foi também professor da Fundação Machado de Assis. Aposentou-se em 1957 e concretizou a realização de um sonho: criou um museu pra Santa Rosa. Após quatro anos de aposentadoria, faleceu no dia 25 de fevereiro de 1961.
Para os seus contemporâneos deixou a lembrança de um homem muito culto, um grande incentivador das artes. Um entusiasta do carnaval de rua.  Coordenador de um grupo de teatro, sempre fazia apresentações no Clube Cultural, mas, além de tudo, deixou a lembrança de uma pessoa generosa, humana e fraterna com os seus semelhantes.
(Prof.ª Teresa Christensen em SANTA ROSA – Histórias  e Memórias - fls . 63).




quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Para matar a saudade

Está surgindo um movimento para SANTA ROSENSES , atualmente moradores em outras cidades brasileiras, de formar um grupo para visitar a cidade de nosso amor eterno como é o título do blog. Esta visita se daria por ocasião da 20ª FENASOJA (25/04 a 05/05/2014).
Vamos inicialmente receber sugestões como também ver da viabilidade de buscar subsídio para transporte e hospedagem.
Com algo mais elaborado procuraremos órgãos da imprensa para divulgar o evento.
Reproduziremos este e-mail no blog  http://sempresantarosa.blogspot.com.br/

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

HISTÓRIA e MEMÓRIAS

                                                        QUILOMBOS & QUILOMBOLAS
 Teresa Christensen

Quando falamos de escravidão, um dos últimos lugares lembrados é a Região Noroeste do Rio Grande do Sul, uma vez que somos conhecidos como um espaço ocupado por imigrantes europeus, seus descendentes e com pouca miscigenação. Aqui foram criadas colônias para as mais diversas etnias e colônias específicas para descendentes de alemães católicos, descendentes de alemães evangélicos, italianos, poloneses , russos , suecos , holandeses, e outros povos europeus.
 A preservação das nossas tradições, hábitos e festas, como também as características físicas da nossa população costumam ser considerados herança exclusiva do imigrante europeu ou dos colonizadores português e espanhol. Pouco se fala de herança negra e indígena.
 Por muitas razões presença de escravos negros na Região Noroeste permaneceu ignorada. O que a História Oficial registra é a completa ausência de escravos no noroeste do Estado. No entanto, eles estavam presentes desde que os portugueses ocuparam as Missões Jesuíticas em 1801.
 Sobre “Quilombos” , muito pouco ou quase nada se fala ou se ouviu falar. Então, aproveito a oportunidade para colocar uma definição : “ Quilombo é a comunidade formada pela fuga de negros, índios e brancos pobres do regime de trabalho forçado, alienado e desumano da escravidão. Os negros se rebelavam e fugiam de seus senhores e do meio de vida exploratório em que viviam e formavam comunidades em locais dentro das matas e sertões, o mais longe possível das cidades, vila ou fazendas. .” A palavra Quilombo é de origem Bantu (povos africanos que viviam na região hoje conhecida como Angola )Originalmente a palavra era utilizada para designar lugar de pouso ou paragens, No Brasil ficou conhecida como definição de local de refúgio de negros escravizados.
 O que a maioria população do nosso município ignora e pode ser até motivo de espanto é que temos um Quilombo há apenas 15 quilômetros da cidade de Santa Rosa. Trata-se da Comunidade Quilombola Correa, localizada no Distrito de São Paulo das Tunas, no interior do Município de Giruá .Os mais velhos relatam que os seus pais vieram de Cruz Alta, local para onde os escravos eram trazidos e distribuídos para outras localidades. Recordam também que ao chegarem em Giruá foram trabalhar na retirada de madeira das matas nativas para serem utilizadas na construção da ferrovia, isto por volta do final da década de 20.
 Residem atualmente na Comunidade Quilombola Correa 08 famílias que somam 18 pessoas todas descendentes da família de Alzemiro Batista Correa e Eloina Luiza Correa. Considerando os parentes diretamente ligados as famílias da Comunidade, a população chega a 25 pessoas, alguns residindo no município de Santa Rosa. As famílias compartilham uma área de 6,0 hectares de terra e cultivam diversos alimentos e criam animais para a sua sobrevivência.

 .Assim, como podemos registrar , os Quilombos não pertencem somente ao nosso passado escravista, tampouco se configuram no presente momento como comunidades isoladas, no tempo e no espaço, sem qualquer participação na nossa estrutura social. Ao contrário. A Comunidade Quilombola se mantém viva e atuante, lutando pelo direito de propriedade da sua terra, consagrado pela Constituição Federal de 1988.Os seus integrantes buscam se inserir nos espaços sociais e culturais do Distrito de São Paulo das Tunas, como também das comunidades próximas.

FUTSAL - MONTESE

Elaboração - Jayme Araujo
Revisão - Paulo Heitor Fernandes

O excelente desempenho dos pracinhas da FEB na tomada de Montese na Itália, deu nome ao clube dos sargentos de Santa Rosa.Penso ter sido no 1º Regimento de Cavalaria Motorizado, numa quadra improvisada, de terra, revestida de cascalho, que era varrido para os jogos, aconteceram as primeiras partidas de futebol de salão na nossa terra.
Como lá fora o início, o Montese foi um dos primeiros clubes da cidade, fundado pelo Sargento Juarez Assis dos Santos, tendo como presidente o Sargento Luiz Augusto Pereira (Luiz “Avião”).
O  Montese venceu os primeiros certames que disputou na cidade, graças, principalmente, a Jarbas Tonel, grande atleta, quiçá o maior da comuna. Jarbas e seus companheiros venciam, quase sempre, de goleada.
Num tributo de saudade desejo prestar, aqui,  uma homenagem ao CLESIO ALAR MOTTA CALIL, um dos primeiros atletas do Montese.
MONTESE – Desfile da Semana da Pátria – À frente, Luiz Augusto Pereira, tendo numa das mãos um troféu e na outra de mão dada com Hélcio Vacari dos Santos; Júlio Nunes, Vieira, Soares, Pydd,  Cleo Palmeira, Juarez e Romalino dentre outros.

ALBERTO VOLKMAR CHRISTENSEN santa-rosense dos primeiros que emigraram para a capital, lá foi atleta de futebol de salão, por 8 anos, além de dirigente de um clube representativo da Unidade militar em que servia, o DEPOSITO REGIONAL DE MOTOMECANIZAÇÃO, com destaque nesse esporte em Porto Alegre
.
Regressando a terra, para aqui servir ao Exército, foi escolhido treinador do Montese.  Nessas condições teve o dissabor de ver seu time sofrer alguns gols como este que aqui se retrata:
Partida do Montese levando um gol. Pydd (goleiro), surpreso, Júlio, de
cabeça baixa e Orlando indo buscar a bola na rede. Christensen, desolado, só observa.

A última formação do MONTESE que temos para registro não é a do time com Jarbas Tonel, que foi substituído por atletas esforçados e competentes que levaram seu nome para memoráveis apresentações.

MONTESE - Luiz Augusto Pereira – Presidente, Airton, Saul Liberalli,
Juarez, Soares, Orlando e  Alberto Volkmar Christensen (Técnico). Cleo Palmeira, Pydd, Romalino e Júlio.

Com destaque no FUTSAL da cidade, foi campeão em duas oportunidades.