terça-feira, 9 de julho de 2013

HISTÓRIAS E MEMÓRIAS



No território conhecido como Santa Rosa havia extensos ervais, e grandes áreas cobertas por matas nativas.
Foi o último a ser incorporado a então Província de São Pedro, atual Rio Grande do Sul, passando a integrar os municípios de Rio Pardo (1809-1819), Cachoeira do Sul (1819-1834), Cruz Alta (1934-1873) e finalmente Santo Ângelo quando este adquiriu sua autonomia administrativa
Em 1876 o primeiro distrito e sede do município de Santo Ângelo foi  dividido para a criação de mais um distrito, o segundo com a denominação de Santa Rosa.
Foi escolhido como sede do distrito um pequeno povoado localizado na confluência entre os arroios Pessegueiro e Pessegueirinho, denominado “14 de Julho” habitado por caboclos e posseiros.
Durante os quarenta anos em que pertenceu ao município de Santo Ângelo essa região foi marcada pelo extrativismo.
As densas matas povoadas de ricas espécies de madeira-de-lei tais como louros, canjeranas, cabriúvas, grápias, canafístulas de troncos altíssimos e outras espécies igualmente valiosas estavam sujeitas a exploração de madeireiros que as transportavam rio abaixo.
A exuberância dos ervais nativos também representava um forte atrativo para coletores de erva-mate, cujas atividades também foram facilitadas pela rede hidrográfica do Rio Uruguai e seus afluentes.
Nessa época a “intrusão” consistia uma forma de ocupação da propriedade.
Os intrusos e posseiros forçaram a expansão da pequena propriedade através da colonização oficial e dirigida.
Com o abandono de certas áreas, como ofereciam grandes recursos para a subsistência, acolhiam  toda a sorte de pessoas que delas necessitavam.
Ocupando esses espaços encontravam-se bandidos comuns, contrabandistas, refugiados políticos além de pequenos agricultores.
Assim o território de Santas Rosa foi marcado pelo pioneirismo e por ser também um bom esconderijo para contraventores.
Um adágio popular frequentemente escutado nas Colônias Velhas dizia: “Santa Rosa-Buricá, quem não presta vai pra lá” identificando bem a violência que ocorria nesse espaço quase despovoado.
(Prof.ª Teresa Chrisensen, em SANTA ROSA – Histórias e Memorias – fls. 19)



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